Como cultivar plantas medicinais

CULTIVO DE PLANTAS MEDICINAIS
Ha muito que nossos antepasados usam plantas medicinas para os mais variados males, mas
saber conservar e usar cada tipo de erva é fundamental, para garantir que o tratamento
funcione. Muitas são as variedades de plantas e muitos efeitos diferentes na saúde. Temos de
estar consciente de que a grande maioria delas tem algumas substâncias tóxicas e que, em
excesso, podem fazer muito mais mal do que bem. As formas de preparo variam muito: algumas
são cozidas, outras podem ser utilizadas como tempero, de algumas fazemos chás ou óleos
essenciais. O importante é que, independente do uso que façamos, saibamos boas formas de
manipular tais plantas medicinais. Mais de 25% de todos os medicamentos são de origem
vegetal. As plantas medicinais sempre foram objeto de estudo, buscando-se novas fontes para
obtenção de principios ativos, responsáveis por sua ação farmacológica ou terapeutica. As
plantas medicinais podem ser adquiridas em supermercados, lojas especializadas, colhidas no
campo ou cultivadas em casa (vasos, jardineiras ou hortas).medicinais

Diferencia entre Plantas medicinais e Fitoterápicos
Fitoterápicos são remédios, que passam por uma rigorosa avaliação de segurança e eficácia em
seres humanos, com uma concentração de ativos padronizada, o que nem sempre ocorre com
as folhas das plantas medicinais utilizadas para o preparo de chás.

Cuidados importantes
Ervas frescas: por apresentarem maior quantidade de água, têm menor quantidade de ativos e
maior concentração de compostos tóxicos se comparadas às ervas secas. Atenção: 10g ervas
secas são diferentes de 10 g de ervas frescas! Se houver dúvidas quanto ao preparo, dê
preferência às ervas secas.
Ervas secas: manter as ervas em sua embalagem original. A água utilizada nessas preparações
deve ser filtrada ou mineral. Verificar a dose utilizada para cada patologia, idade, condição
fisiológica de cada paciente. A quantidade de erva é mais importante do que a quantidade de
água utilizada em seu preparo. A preparação quente que contenha ervas aromáticas deve
permanecer tampada até que esfrie por completo. As ervas podem ser variadas para que
organismo não se “acostume”, evitando a redução de sua eficácia. As ervas secas não devem ser
utilizadas por um período maior do que 3 semanas. Caso queira prolongar o tratamento,
consultar um profissional de saúde.
Conceitos importantes:
Infusão (chás): Esta forma de preparo é utilizada para todas as plantas medicinais ricas em
componente voláteis, como aromas delicados e princípios ativos que se degradam pela ação

combinada da água e do calor prolongados. Utilizam-se principalmente as partes mais frágeis
das plantas, como flores, botões ou folhas. Uma infusão é obtida fervendo-se a água necessária,
que posteriormente é derramada sobre a planta já separada e picada, num outro recipiente.
Este recipiente deve permanecer tampado de 5 a 10 minutos com a mistura quente em seu
interior. Depois desse repouso, deve-se coar o infuso e utiliza-lo logo em seguida.
Pomadas: As pomadas podem ser preparadas com o sumo da planta ou chá mais concentrado
misturado com banha animal, gordura de coco ou uma mistura de vaselina com lanolina. Pode-
se ainda, aquecer as plantas na gordura, depois coar e guardar em frascos tampados e, também,
pode-se preparar a pomada adicionando a tintura à mistura de vaselina mais lanolina. Neste
último caso recomenda-se a mistura com o recipiente em banho-maria, com o uso de espátula
apropriada para facilitar a mistura. Pode-se adicionar um pouco de cera de abelha nas
preparações quentes das pomadas. As pomadas permanecem muito tempo sobre a pele, devem
ser usadas a frio e renovadas duas ou três vezes ao dia.
Sabão: Desmanchar o sabão de coco, neutro ou glicerina em banho-maria ou fogo brando,
quando estiver bem desmanchado (líquido), retira do fogo e adicionar o suco, chá bem forte ou
a tintura da planta desejada e quando tomar consistência, colocar nos moldes apropriados.
Cataplasma ou emplastro: Preparação para uso externo. É obtido por diversas formas. Amassar
as plantas frescas e bem limpas e aplicá-las diretamente sobre a parte afetada ou envolvidas em
um pano fino ou gaze (compressas). Reduzi-las em pó, misturá-las em água, chás ou outras
preparações e aplica-las em voltas em um pano fino sobre as partes afetadas; pode-se ainda
utilizar farinha de mandioca ou de milho e água, com a planta fresca ou seca triturada, fazendo
um mingau.
Compressa: Uma compressa pode ser feita embebendo-se panos, chumaços de algodão ou
gazes no infuso, decocto ou sumo da planta dissolvidos em água (que pode ser quente ou fria).
Esta forma de preparo tem ação local (tópica) e age pela penetração dos princípios ativos
através da pele.
Decocção: O decoto é o “chá cozido”; são soluções extrativas obtidas da adição da água com a
planta e levadas à fervura por tempo pré-determinado (de 2 a 10 minutos), contado a partir do
início da fervura. É muito utilizado para preparar chá com folhas duras, cascas e/ou raízes. O
princípio ativo é extraído através do cozimento. Utilizar de 2 a 5 gramas (1 colher de chá) da
planta em 200 ml de água e fervendo por 2 minutos as folhas duras e por 7 minutos as raízes e
caules. Após a fervura manter o recipiente fechado por 10 a 15 minutos.
Inalação: Este método é bastante simples. Trata-se da combinação dos compostos voláteis com
o vapor dágua, que age principalmente nas vias respiratórias. Coloca-se a planta numa vasilha
com água fervente na quantidade indicada. Um funil é feito com um pedaço de cartolina ou
papel jornal e colocado sobre o recipiente. O vapor que sai pela boca do funil deve ser aspirado
lentamente por aproximadamente 15 minutos, dependendo do tipo de problema a se tratado.
Se preferir, mantenha a vasilha sobre o fogo, a fim de se manter o vapor. Em vez do funil de

cartolina, uma toalha pode ser jogada sobre a cabeça da pessoa, os ombros e a vasilha. Tome
cuidado com os riscos de queimaduras pelo vapor e pela vasilha quente.
Garrafada: Utiliza-se como veículo à cachaça ou o vinho branco e, raramente, água, onde são
mergulhadas várias plantas medicinais acrescentando-se, às vezes, produtos de origem animal e
mineral. Depois de um tempo variável de repouso, os preparados estão prontos para tomar,
sem filtrar. São concentrados e se toma apenas 1 cálice por dia.
Maceração: Este método consiste em colocar as partes da planta picadas junto a água, álcool ou
óleos, sempre frios. Partes mais frágeis, como folhas e flores permanecem assim por 10 a 12
horas, enquanto que partes mais duras, como raízes e cascas permanecem por 18 a 24 horas. O
recipiente deve ser mantido em lugar fresco, longe da luz solar e agitado periodicamente.
Depois do tempo determinado, filtra-se o líquido, podendo-se acrescentar mais líquido extrator
(água, álcool ou óleo), para que se obtenha um volume final desejado. Plantas que
possivelmente fermentem não devem ser utilizadas nessa forma de preparo.
Óleos: As plantas aromáticas são as mais recomendadas para essa forma de preparo. As ervas,
secas ou frescas, devem ser finamente picadas ou moídas, colocadas em frascos com óleo de
oliva, girassol ou de milho. O frasco, transparente e fechado, deve ser mantido sob o sol por
duas a três semanas, agitando-se todo dia. Ao final, basta filtrar (se uma camada de água se
formar, ela deve ser retirada). Conserve em vidros escuros que protejam o óleo da luz.
Pó: A planta deve ser seca até que se possa tritura-la com as mãos. O pó é então peneirado e
mantido em frascos bem secos e fechados, evitando a exposição à luz. As cascas e raízes devem
ser moídas até que o pó seja obtido. Este tipo de preparo pode ser utilizado no preparo de
infusões, decoctos ou espalhado diretamente com óleo ou água sobre o local afetado.
Sumo ou suco: O suco é obtido espremendo-se o fruto. Já para se obter o sumo, a planta fresca
deve ser triturada num pilão ou liquidificador. Se a planta apresentar pouco líquido, depois de
uma hora de repouso acrescenta-se um pouco mais de água e tritura-se novamente, recolhendo
o líquido liberado. O suco ou sumo deve ser consumido no momento em que foi preparado.
Tintura: Trata-se de uma das formas de preparo mais utilizadas para se conservar os princípios
ativos das plantas medicinais, pois a maioria deles é solúvel em álcool. É como se fosse uma
maceração, mas com alguns cuidados especiais. O álcool deve ser de preferência de cereais, pois
tem qualidade superior (apesar de custar cerca de 5 vezes mais que o álcool comum). Colocam-
se as partes da planta trituradas junto ao álcool em um recipiente escuro, num lugar ao abrigo
da luz, de 10 a 15 dias, agitando-se diariamente. Após esse tempo, filtra-se o resíduo, que deve
ser conservado também em um frasco escuro (tipo âmbar). O líquido pode ser consumido na
forma de gotas diluídas em água fria (para uso interno) ou em pomadas e fricções (para uso
externo). Há controvérsias quanto às quantidades e proporções de álcool a ser utilizadas.
Comumente são seguidas tais proporções:
Para plantas frescas: 500g da planta fresca em 1L de álcool.

Para plantas secas: 250g da planta seca em 700ml de álcool e 300ml de água.
Xarope: Os xaropes são comumente utilizados contra tosses, dores de garganta e bronquite.
Primeiramente uma calda é feita com açúcar cristal ou rapadura, na proporção de uma parte ou
duas para cada parte de água (uma ou duas xícaras de açúcar para cada xícara de água). Leva-se
ao fogo até que se obtenha a consistência desejada. Colocam-se as partes da planta frescas e
picadas, mantendo o fogo baixo, mexendo sempre por 3 a 5 minutos. Côa-se o xarope, que deve
ser mantido em frasco de vidro. A quantidade de planta a ser adicionada varia de espécie pra
espécie. Geralmente conserva-se em geladeira por no máximo 15 dias. Se forem observados
sinais de fermentação, o xarope deve ser descartado. Obviamente, este tipo de preparo não
deve ser consumido por diabéticos.
usos

Cuidados na manipulação das fórmulas
Faça uma boa higienização nos utensílios e nas mãos.
Utilize panelas de vidro, inox, porcelana ou cerâmica. Panelas de ferro e alumínio podem
produzir substâncias tóxicas como resultado da reação com algumas plantas.
Utilize coadores de plástico ou filtros de papel.
Prepare pequenas quantidades de infuso, macerações e compressas. As plantas podem perdem
seu efeito medicamentoso depois de algumas horas.
Xaropes, tintura e pó podem ser preparados em quantidades maiores e guardados em frascos
esterilizados, secos, escuros (ou embrulhados em papel alumínio), bem tampados e em local
livre de umidade.
Como adoçante dê preferência ao mel.
Formas de usos
As plantas medicinais são utilizadas para os mais diferentes efeitos, entre os quais podem ser
destacados:

Anticatarral (inibe a formação de catarro);
Antiespasmódico (evita ou alivia as contrações musculares dolorosas);
Antiflatulento (elimina os gases intestinais);
Anti-reumático (combate o reumatismo);

Antitussígeno: (inibe a tosse);
Diurético (auxilia a eliminação de líquidos pelos rins);
Emético (provoca vômito);
Expectorante (elimina a mucosidade do aparelho respiratório);
Hemostático (estanca hemorragias);
Laxante (solta os intestinos);
Obstipante (prende os intestinos).
saude

CULTIVO
Passo 01.: Preparo do solo de crescimento
O solo ideal de cultivo deve possuir alguns fatores que auxiliem no crescimento do sistema
radicular e foliar da planta para permitir uma bom desenvolvimento e produção de flores e
sementes. É importante que haja matéria orgânica no solo de crescimento, pois possui boa
capacidade de retenção de água. Esta matéria orgânica pode vir em um produto como o
Condicionador de Solo “Classe A”, húmus de minhoca, esterco animal (importante estar curtido,
esterilizado e peneirado) ou composto orgânico. Além disso, é importante ter uma boa fonte de
cálcio (calcário ou casca de ovo moída), fósforo (superfosfato simples ou fosfato natural),
potássio (cinzas de churrasqueira peneiradas) e, adubo NPK, formulação de plantio 04-14-08.
Fontes de tortas vegetais (algodão, mamona, girassol, etc.) também são importantes desde que
se tenha atenção à quantidade, pois costumam serem muito fortes e queimar as plantas. As
fontes de fósforo garantem um bom crescimento e enraizamento do sistema radicular.

Passo 02.: Preparo da planta para o plantio
As plantas podem ser plantadas de duas formas:

Sementes: são comercializadas em supermercados, floriculturas e revendas agrícolas. Sementes
facilmente encontradas são as de: coentro, salsa, funcho, camomila, hortelã, manjericão,
alfavaca, pimentas, salvia, tomilho, etc.
Mudas: este é o método mais rápido de propagação de plantas. São feitas através de estacas
(com ou sem raízes) da planta matriz. Estas estacas com raízes podem ser plantadas
diretamente no solo ou vaso e, as sem estacas, devem ser plantadas na areia (de construção,
peneirada, granulometria média), para favorecer o enraizamento. Leva-se de 30 a 60 dias para o
enraizamento completo da estaca. Este vaso deve ser colocado em um local que haja claridade
porém sem a luz direta do sol. A areia deve ser molhada sempre que estiver seca. Plantas de
estacas que enraizam facilmente são: manjericão, arruda, alecrim, mirra, beldroega, babosa,
capim limão, erva cidreira, hortelã, carqueja, etc.

Passo 03.: Plantio
Sementes: o ideal é semear as sementes no local definitivo, pois as mudas são sensíveis ao
transplante, mas também podem ser semeadas em pequenos vasos e outros recipientes,
transplantando as mudas com bastante cuidado quando atingem de 5 a 8 cm de altura. Semeie
a cerca de 0,5 cm de profundidade no solo. A germinação das sementes geralmente ocorre
entre 1 e 3 semanas. O espaçamento pode variar de 15 a 50 cm entre as plantas, dependendo
do tamanho da cultivar.
Mudas com raízes: deve-se retirar a embalagem plástica (saco ou vaso) e manter o torrão
intacto. O processo é o mesmo se o plantio for no chão ou no vaso. A cova a ser preparada ou o
vaso escolhido deve ser no mínimo 3 vezes maior que o torrão da muda para propiciar o
enraizamento e crescimento saudável da planta. Após a montagem do vaso (drenagem e
camada de solo no fundo do vaso), coloca-se o torrão da muda e completa as laterais com o
solo, apertando ao redor do torrão, para que a planta fique bem firme. Deve-se cobrir o torrão
até a altura de 2 cm acima do torrão inicial. Após o plantio da muda deve-se fazer a irrigação da
muda. É importante tomar cuidado para não lesionar o caule da planta, caso isso aconteça,
pincele um pouco de canela em pó umidecida em água para que aconteça a assepcia do lugar
machucado.
plantio medicinais

Passo 04.: Adubação
As plantas possuem respostas rápidas quando nutridas de forma adequada. O uso de adubos
orgânicos misturados ao solo de crescimento é benéfico ao sistema radicular e foliar. Para a

cobertura pós-plantio, faça uma reposição nutricional utilizando um adubo mineral nas folhas.
Assim a reposição nutricional do adubo propiciará o aumento da brotação de galhos e folhas
garantindo uma maior produção após a colheita das folhas e produção de flores. É importante
aplicar um adubo foliar com formulação completa, 1 vez a cada 7 dias, para suprir as deficiências
nutricionais das plantas e garantir seu desenvolvimento saudável.

Passo 05.: Colheita
As plantas medicinais, da mesma forma que outras plantas, como as hortaliças apresentam um
ponto de colheita ideal, que é o momento de maior concentração dos princípios ativos. As
substâncias com atividade terapêutica, ou princípios ativos, encontrados nas plantas,
geralmente concentram-se em maior quantidade em um determinado órgão. Assim, em
algumas plantas, os princípios ativos estão em maior concentração nas folhas e hastes, em
outras, estão nas flores. Os flavonoides, de modo geral, estão mais concentrados na parte aérea
da planta. É o caso da rutina, encontrada na arruda. Já na camomila, as substâncias com
atividade terapêutica estão mais concentradas nas flores. Quanto ao dente-de-leão (Taraxacum
officinale), os compostos fenólicos estão mais concentrados nas flores e nas folhas. Devido a tal
variação, é necessário conhecer que parte deve ser colhida para se estabelecer o ponto ideal de
colheita para cada planta medicinal.

Ponto de colheita
Quando as partes a serem colhidas são as folhas e os talos, a coleta deve ser feita antes que a
planta medicinal floresça, pois haverá maior concentração de substâncias com fins medicinais
nesses órgãos. Este é o caso da tanchagem, cujas folhas são colhidas antes da emissão do
pendão. Em algumas plantas medicinais, os princípios ativos encontram-se igualmente nas
folhas e flores. Portanto, podem ser colhidas antes ou durante o florescimento como o alecrim,
a catinga-de-mulata, a mil-folhas, o manjericão, o guaco e a manjerona.

As cascas são colhidas quando a planta medicinal atinge a plenitude do seu crescimento, ao fim
do ciclo anual, ou antes da floração, nas plantas perenes. Por isso, você deve se informar sobre a
época do ano em que a espécie floresce e colher a casca antes desse acontecimento. Por

exemplo, o mulungu floresce no inverno, na região Sudeste do Brasil. Assim, a retirada de casca
deve ser feita no final do outono.

No caso das sementes da planta medicinal, recomenda-se esperar até o seu completo
amadurecimento. Em casos de frutos que caem, quando maduros, a colheita deve ser
antecipada. É o que acontece com o funcho, cuja colheita é feita com os frutos ainda não
maduros.

Os frutos carnosos com finalidade medicinal são coletados completamente maduros, como a
romã.

As raízes são colhidas em plantas adultas, no final do seu ciclo de vida, momento em que
atingem o máximo desenvolvimento e concentração de princípios ativos. No gengibre, elas são
colhidas quando a parte aérea começa a definhar. As raízes da bardana são colhidas depois da
frutificação, que indica o fim de um ciclo. Já as raízes da alteia devem ser retiradas no final do
seu segundo ano de vida.

As flores das plantas medicinais devem ser colhidas plenamente desenvolvidas e abertas. É o
caso da camomila, da calêndula e do sabugueiro, cujas flores devem ser colhidas sem o
pedúnculo, quando estão com as pétalas abertas e formando um ângulo reto com o eixo do
pedúnculo.
Algumas plantas medicinais...
Alecrim
Na Grécia antiga, ele era erva para tudo: de cosméticos a incensos, passando por enfeite de
coroas. Rico em óleos essenciais como limoneno e cânfora, hoje seu uso medicinal mais comum
é em compressas para aliviar contusões e hematomas. Há indícios de que seus princípios ativos
combateriam enxaquecas, para lapsos de memória e baixa de imunidade, diminui dores
reumáticas e articulares.

Babosa
A famosa Aloe vera entra na composição de vários xampus e cremes feitos com a polpa branca
de suas folhas. Tudo graças a uma dupla de princípios ativos, aloeferon e antraquinona.
Enquanto o primeiro age na multiplicação celular e acelera a cicatrização, o outro funciona

como antisséptico. Em alguns casos, é justamente essa propriedade que evita a queda de
cabelos. Ela também ajuda na cicatrização de feridas e tem sido usada no combate à caspa, aos
piolhos e às lêndeas. Há testes sobre seus efeitos no tratamento de inflamações e queimaduras.

Boldo
O boldo é uma planta medicinal, também conhecida como boldo-do-chile, boldo-afragans ou
boldo-verdadeiro, muito utilizada como remédio caseiro para o fígado, pode ser encontrada em
jardins de casa, lojas de produtos naturais e farmácias de manipulação. As propriedades do
boldo incluem sua ação estimulante da vesícula biliar, diurética, antiespasmódica, anestésica,
anti-séptica, antibacteriana, anti-inflamatória, antioxidante, depurativa, desintoxicante,
estimulante, sedativa, tônica e vermífuga.

Camomila
Uma das plantas mais usadas popularmente, ela tem presença garantida na grande maioria das
chaleiras. Tanto que é um dos chás considerados mais seguros. A erva é muito usada para
acalmar cólicas e como anti-inflamatória, graças ao camazuleno, óleo essencial com
propriedades anti-inflamatórias. Suas flores são lotadas de substâncias emolientes, que ajudam
a manter a hidratação da pele. Por isso a camomila é muito usada na indústria de cosméticos
em sabonetes, colônias e xampus.

Carqueja
Extremamente popular no Brasil, ao que parece ela teria sido introduzida aqui pelos escravos
africanos. A planta é uma boa pedida quando aquela refeição pesada cai mal e o estômago
parece de chumbo: sabe-se que seus óleos essenciais, como o carquejol, atuam nas células
hepáticas aumentando a produção da bile. A carqueja também está lotada de componentes
amargos, o que também favorece o trabalho do fígado e a digestão. Ela tem ainda um efeito
diurético, ajudando a eliminar toxinas.

Capim-limão
Na culinária tailandesa, essa erva de origem asiática aparece como condimento. Mas na América
do Sul é uma das plantas mais usadas na medicina popular, tanto como analgésico quanto para
tratar problemas gastrointestinais, pode ser ingerido como um sedativo bem leve. O chá de

capim-limão também é indicado para ajudar no trabalho estomacal, para expulsar gases, além
de ser ligeiramente analgésico e anti-reumático. O capim-limão também é conhecido como falsa
erva-cidreira: apesar de serem duas plantas de aparência bem diferente, acabam sendo
confundidas, talvez por causa do forte cheiro cítrico de ambas.

Erva-cidreira (Melissa)
Também chamada de melissa, esta é uma daquelas ervas que merecem atenção redobrada na
hora da compra. Além de ser muito confundida o capim-limão ou com a melissa-bastarda, ela é
conhecida popularmente por nomes muito diferentes. Seu chá é ótimo para combater cólicas e
gases. Ele também ajuda a relaxar naqueles dias mais tensos, graças ao efeito calmante de seus
óleos essenciais. Também é analgésico e antiespasmódico, além de funcionar topicamente (em
extrato) contra herpes labial.

Erva-doce (Funcho)
Conhecida desde os tempos dos antigos egípcios, seu sabor está presente em alimentos, licores,
balas, sabonetes e cremes. Mas além de emprestar seu perfume a guloseimas e cosméticos. O
Funcho serve para ajudar no tratamento de cólicas, anorexia, bronquite, vômitos, nódulos no
fígado ou baço, dores nos olhos, problemas urinários, diarreia e vermes intestinais.

Hortelã
A Hortelã comum pode ser usada para ajudar no tratamento de problemas no estômago, como
problemas de má digestão, náusea ou vômito. Suas propriedades incluem uma ação contra o
enjoo e náusea, que diminui os espasmos no estômago e que melhora a circulação sanguínea.
Ela pode ser usada na forma de chá usando folhas secas, frescas ou trituradas, ou pode ser
usada na forma de tinturas, cápsulas ou na forma de óleos essenciais para a pele.

Manjericão
O manjericão é uma planta medicinal também conhecida como Alfavaca ou Basilicão, muito
utilizada para fazer remédios caseiros para aftas, tosse e dor de garganta. O manjericão serve
para ajudar no tratamento de tosse, catarro, feridas, problemas de estômago, falta de apetite,
gases, aftas, dor de garganta, rouquidão, amigdalite, náusea, verruga, prisão de ventre, cólica,
ansiedade, insônia, enxaqueca e picadas de insetos. As partes usadas do manjericão são suas
folhas e caules, em forma de chá ou como tempero para saladas, carnes e massas.

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